📕 Está aberta a mais nova temporada dos lobbies no Congresso. Haddad, nosso Fernandinho Cabelo, enviou a proposta para regulamentar a reforma tributária. Tem de tudo lá, desde desconto de imposto para advogados a cashback de imposto na conta de luz para pobres. De picanha mais barata a comprinhas na Shein mais caras. Carro: mais imposto. Escola: menos imposto.
📕 Mas como é só uma proposta, imagina o que vai ter de lobista pedindo um ajuste aqui outro acolá na tal regulamentação que tem mais de 200 páginas. E o governo jura que vai conseguir chegar a um acordo com a Câmara até julho, quando os parlamentares entram em recesso e só voltam a trabalhar de verdade depois das eleições. Depois de aprovado na Câmara, ainda recomeça tudo no Senado.
📕 Não só não vai ser fácil, como já está sendo difícil. A proposta mal chegou ao Congresso e o primeiro embate já gira em torno do cargo de relator. Imagina o resto. Bate cabelo, companheiro Haddad.
📕 O Padilha jogou a bola para Lira e Pacheco, dizendo que acredita que os dois vão querer terminar seus mandatos com a reforma tributária completa no currículo. Padilha é o homem que devia fazer a articulação do palácio do Planalto com o Congresso, mas que não é recebido pelo Lira.
📕 E, claro, eles querem mesmo. Lira, inclusive, fez a reforma andar só este ano para poder dizer que foi obra sua e não do Baleia Rossi (o deputado do MDB que foi quem liderou a reforma durante o governo Bolsonaro).
👉 Mas nesse rolê, você quer saber o que pode ficar mais barato ou mais caro? É só entrar aqui neste link:
Redação da Tixa
📖 Por falar em lobbie e imposto, uma dúzia de setores tanto fez que conseguiu emplacar uma lei que prorrogava a desoneração de suas folhas de pagamento. Ou seja, dezenas de empresas (e também prefeituras) pagam menos impostos sobre os salários de seus funcionários, prometendo que com isso dão mais empregos (só que não, claro). Entre os setores, estão os poderosos e os nem tão poderosos grupos de mídia brasileiros. Conseguiram até derrubar no Congresso o veto de Lula à lei.
📖 Mas Lula recorreu ao Supremo e agora o ministro Zanin suspendeu trechos da tal lei. O governo argumenta que o Congresso não deu o caminho para que fosse possível compensar a perda de arrecadação. Aí o supremo Zanin concordou porque fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.
💰 E por falar em dinheiro, a nossa maravilhosa Embrapa (maravilhosa mesmo, não tem ironia) está sem dinheiro para pesquisa. Aí o Lula foi lá na empresa e deu uma enquadrada de leve no Haddad e no Fávaro, que é o ministro da Agricultura. Lula agora anda trabalhado em cobrar seus ministros como se fosse só uma brincadeira.
"Eu notei aqui duas coisas legais. O Haddad veio aqui, falou bonito, mas não falou de dinheiro. Aí eu falei (com o Haddad), ele tratou (do assunto) com o meu ministro da Agricultura, o Fávaro. O Fávaro é que vai falar de dinheiro. O Fávaro veio aqui, falou, falou, falou, puxou o saco dos funcionários e também não falou de dinheiro."
💰 E o governo fez todo aquele auê em torno dos dividendos da Petrobras, fez as ações despencarem, e agora aprovou o pagamento de 50%. Aff
💰 No corre do Congresso, o governo conseguiu adiar a votação de vetos de Lula a diversos dispositivos aprovados naquela casa. Funciona assim: o Congresso aprova uma lei e o presidente sanciona ou veta. Se o governo veta, o Congresso pode derrubar o veto. Quanto mais um Congresso derruba vetos do presidente, mais frágil fica politicamente o governo. Então, o adiamento foi visto como uma vitória para Lula. Mas resta saber se só está se adiando o inadiável.
👉 Entre os vetos estão o fim do fim das saidinhas e a redução do valor das emendinhas parlamentares.
🖥️ E a história dos invasores do sistema de pagamentos do governo segue em andamento. Agora descobriu-se que o Tribunal Superior Eleitoral, sim, aquele mesmo, foi alvo de um novo desvio de dinheiro público. Os criminosos desviaram mais de 1 milhão de reais. Estima-se que 15 milhões no total tenham sido desviados de orgãos do governo e do judiciário. Daqui a pouco vai ter gente dizendo que isso aí é justa causa para acabar com voto eletrônico. Socorro, BRASEW.
Comentários