A extrema direita teve uma vitória retumbante na França neste domingo, nas eleições parlamentares. Mas ainda não é definitiva. O grupo liderado pela Marine Le Pen vai ter que rebolar mais ainda para vencer de fato. Entenda aqui as eleições francesas em 8 pontos.
1️⃣ A França vive no sistema presidencialista. Emmanuel Macron, também conhecido pelo booking pré-wedding que fez com Lula na Amazônia, é o presidente eleito até 2027. Mas ele tem um primeiro-ministro, que ele indica.
2️⃣ Macron convocou eleições parlamentares porque estava com dificuldades para governar (sem maioria absoluta no Congresso) e viu a extrema direita ganhando vida nas eleições do parlamento europeu. Arriscou.
3️⃣ No primeiro turno das eleições, que aconteceram no último domingo, a extrema direita saiu vitoriosa com 33% dos votos. A extrema esquerda 28% e o centro do Macron com 20%. Mas foi só o primeiro turno.
4️⃣ Para ser eleito no primeiro turno, um candidato deve ter a maioria absoluta dos votos e mais de 25% do apoio dos eleitores inscritos. Pelo que se sabe até agora do resultado de ontem, apenas algo entre 65 e 85 cadeiras serão de fato obtidas no primeiro turno e o restante vai para o segundo turno.
5️⃣ No total, o parlamento francês tem 577 cadeiras. Tirando as que vão ser garantidas no primeiro turno, o restante ficará para ser decidido somente no domingo que vem. Por isso a extrema direita ainda não é a campeã.
6️⃣ Entre 150 e 170 cadeiras devem ser disputadas por apenas dois candidatos, por conta do número de votos que tiveram no primeiro turno. Algo entre 285 e 315 cadeiras poderão ser disputadas por 3 ou mais candidatos.
7️⃣ Como ainda tem muita cadeira sendo disputada, Macron vai ter que fazer muita aliança política para tentar evitar que a extrema-direita fique com a maioria. O vice-presidente da França já saiu a dizer que está na hora de fazer aliança com a esquerda.
8️⃣ Se a extrema-direita sair vencedora, poderá indicar o primeiro ministro e aí é que Macron dança.
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