A temporada dos hackers nas eleições americanas está oficialmente aberta. Contei aqui, na sexta, que a Microsoft divulgou um ataque de hackers iranianos à conta de e-mail de alguém em alguma campanha? Contei sim, darling, lê lá. Pois o Trump logo tomou o ataque para si. Se os iranianos já planejavam um assassinato (sim, já contei isso também), por que não um ataque hacker?

Mas a coisa foi além no fim de semana. O Político e o New York Times divulgaram que receberam e-mails com conteúdos estranhos e suspeitam que possa ter vindo dos mesmos hackers. O Político diz que recebeu mensagens de um tal de Robert contendo um dossiê sobre a vida de JD Vance, o vice de Trump. Era o dossiê preparado pela própria campanha de Trump para saber das vulnerabilidades do seu vice.

Combinaram com os russos?

Saem os russos, entram os iranianos. Esse histórico de hackers querendo interferir em resultado de eleição é NOT GOOD. A Hillary Clinton diz que perdeu para Trump lá em 2016 por conta dos ataques hackers russos à sua campanha. Os russos também entraram na sua conta de e-mail e depois vazaram para o Wikileaks. Aí a galera achou que ela tinha feito coisa errada por ter usado e-mail pessoal para falar de assuntos de Estado. Enfim, tudo culpa da imprensa, quero dizer, dos hackers.

Os procuradores dos Estados Unidos chegaram a investigar se o Trump teve alguma coisa a ver com a interferência russa, mas não encontraram provas suficientes. Mas ficou provado que foram os russos.

Congresso de hackers?

A galera que estava na conferência dos maiores hackers do mundo (sim, existe isso mesmo, uma conferência de hackers) logo repercutiu a notícia e já começaram a falar do medo de que haja interferência nas máquinas de votação. Vai vendo, BRASEW, onde isso vai parar.

A corrida maluca

Então a campanha eleitoral americana, temporada 2024, que a Tixa decidiu cobrir está assim:

1. Trump foi condenado por 34 crimes e vai ter sua sentença divulgada em setembro.

2. Biden e Trump antecipam o primeiro debate para junho e Biden parecia que ia morrer a qualquer instante durante o debate.

3. Trump sofre um atentado e leva um tiro na orelha.

4. Republicanos tratam Trump como imperador durante convenção e parecia que nada mais tiraria a presidência de Trump

5. Trump, confiante na posição imperial, nomeia um aprendiz de Trump para vice

6. Biden desiste de concorrer e diz que quer a Kamala como substituta.

7. Democratas aclamam Kamala, sem convenção, sem nada.

8. Kamala escolhe um vice pop e eles começam a zombar de Trump. Sai o Trump que vai acabar com a democracia para o Trump é muito bizarro e estranho e esquisito e assustador.

9. Os hackers entram em ação.

Tudo isso já aconteceu e ainda faltam três meses para o dia da votação. Viu como você precisa continuar recebendo essa carta maravilhosa (também conhecida como newsletter) todo dia de manhã? Repassa para os amigos se inscreverem.

Biden se explica

E o Biden deu a primeira entrevista desde que decidiu sair fora da corrida. Sincerão, ele contou o que todo mundo já sabia:

“O que aconteceu foi que vários dos meus colegas democratas na Câmara e no Senado pensaram que eu iria prejudicá-los nas disputas. E eu estava preocupado que se eu continuasse na disputa esse seria o tópico sobre o qual vocês estariam me entrevistando[...]E eu pensei que seria uma distração real.”

Para Os perdidos (o que me inclui): vários senadores serão eleitos no dia 5 de novembro, assim como o novo presidente. Das 100 vagas que têm hoje no Senado americano, 34 serão preenchidas em novembro. Por isso, a galera botou pressão no Biden porque desde o debate as campanhas nos estados estavam desmoronando. E isso significa que os Democratas poderiam perder a casa.

Bullying na Truth

Adivinha onde a Kamala está fazendo campanha? Na rede social do Trump. Sim, Trump tem uma rede social só dele chamada Truth. Mas a Kamala também está lá e fez um monte de posts mostrando que os comícios dela estão superlotados, especialmente um que teve que fazer no aeroporto ao redor do seu avião por conta do número de pessoas (não cabia no local originalmente marcado).

O Trump está dizendo que é tudo inteligência artificial, que não tinha ninguém na foto ao redor do seu avião.

Kamala foi lá e postou um vídeo mostrando o tamanho da galera. Quem no Brasew não conhece essa história de um monte de gente no aeroporto, né?

Mas o fato é que Kamala e Walz estão mesmo levando multidões para seus comícios e as pesquisas mostram a animação.

Campos de batalha.

A primeira pesquisa New York Times/Siena em estados campos de batalha desde que Kamala assumiu a campanha saiu neste fim de semana. E a coisa está NOT GOOD para o Trump. Ela tem 4 pontos a mais que Trump em três estados: Wisconsin, Pensilvânia e Michigan. Dá 50% para a Kamala contra 46% para Trump.

Também já contei aqui porque os estados campos de batalha são importantes. Como a eleição nos Estados Unidos é indireta, são os votos destes estados que contam. Porque além do voto popular, eles precisam ganhar os votos do colégio eleitoral. Não adianta nada Kamala ganhar mais votos se não ganhar os tais estados.

Carolina, não a Samanta

A Carolina do Norte também está na lista dos sete estados campos de batalha. E está virando um problema para Trump. Ele ganhou lá em 2016 e 2020. Mas a pesquisa YouGov Blue, recém divulgada, mostra Kamala e Trump empatados em 46%. Antes, Biden perdia na Carolina.

Mas treino é treino e jogo é jogo. Ainda falta muito para as eleições e a Kamala vai ter que enfrentar muita coisa ainda, inclusive alguma entrevista séria com algum veículo de imprensa (sempre se tem a expectativa de ela falar bobagens) e os debates.

Trump recua de novo?

Trump deu uma coletiva na semana passada e disse que ia no debate do dia 10 de setembro, na ABC News. Mas agora voltou a falar que o cronograma de debates começa dia 04 na Fox News (ele inventou esse debate na Fox). A Kamala já disse que só aceita novos debates depois que ele for no debate pré-agendado há meses do dia 10.

Eu ia falar dos vices, mas já tem informação demais por hoje. Voltamos amanhã para alegrar sua manhã.


De olhos nas pesquisas

SEGUE TUDO IGUAL. Aqui nesse cantinho a gente mostra um agregado de pesquisas que reflete qual a média para um candidato e outro. Pela média calculada pelo RealClearPolitics, Kamala está 0,5 ponto à frente do Trump, mesma média da semana passada. Pela média do New York Times, com base no projeto FiveThirtyEight da ABC, Kamala está na frente com 1 ponto a mais do que Trump.


A gente sabe que e o que acontecer nas próximas eleições americanas pode bagunçar - e muito! - o rolê por aqui. Isso vale na política e nas finanças, darling.

Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, a Tixa News em parceria com o UOL traz pra você a boia de salvação: uma newsletter diária com os últimos acontecimentos na terra do Tio Sam. Isso mesmo! De segunda a sexta, um resumo completinho pra você ficar por dentro de tudo e saber direitinho pra onde vai o dinheiro. DE GRAÇA!!! O melhor ROI do mercado!

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