🧳 O número da pesquisa é devastador. Michelle Obama venceria Donald Trump com 59% dos votos. Trump teria apenas 39%. Os dados são ainda mais reveladores: Michelle seria a única democrata capaz de vencer Trump. A dona da pesquisa é mais do que confiável. Foi feita pela Ipsos a pedido da Reuters. Divulgada ontem, terça-feira. Mas a possibilidade de Michelle ser candidata é real????

🧳 Quem lê as manchetes da imprensa americana, pensaria até que essa pesquisa nem existe. Nenhuma manchete sobre Michelle ser favorita. Se tem alguma manchete por aí, está escondida em algum lugar que não me achou e olha, darling, que eu fuço tudo por lá. Sobre o resultado da pesquisa Reuters/Ipsos em si, a manchete que os jornais destacam é a de que um a cada três democratas querem que Biden seja substituído.

🧳 Além de nenhum jornal citar o número da pesquisa que bota Michelle na frente da corrida, o nome da esposa de Obama sequer é mencionado na maioria das matérias que falam sobre a possibilidade (e o clamor) de Biden desistir e sobre quem vai substituí-lo na corrida.

🧳 Alguns até citam, mas.... O New York Times fez uma extensa reportagem com todos os potenciais substitutos. Traçou um perfilzinho de cinco deles. (Daqui a pouco falo quem são). Já no final da matéria, começou a discorrer sobre “outras possibilidades” e citou mais uns cinco nomes. Até que, no último parágrafo da extensa reportagem de 8 minutos, escreveu:

E por último, duas pessoas que já viveram na Casa Branca: Hillary Clinton e Michelle Obama. O ex-presidente Barack Obama, embora ainda tenha resultados bastante elevados entre os eleitores registados, está impedido, por limites constitucionais de mandato, de concorrer a um terceiro mandato.

💭 Nossa Tixa, nem lembrava da possiblidade da Hillary. Pois é, nem eu.

💭 Vale registrar que o nome da Michelle já foi ensaiado em outras oportunidades e ela afirma com veemência que jamais seria candidata. Tem gente que diz que ela não poderia ser candidata porque não é política (E o Trump, é?). Mas aquela coisa, sempre pode acontecer de a pessoa dizer não até dizer sim.

Por falar em Obama…

🧳 O ex-presidente ainda é todo trabalhado no prestígio não só entre os Democratas, como entre os eleitores. Mas, dentro do partido, ele já andava preocupado com a reeleição de Biden há um bom tempo. As pesquisas não são boas para Biden muito antes do desastroso debate.

🧳 Depois do debate, Obama imediatamente saiu em defesa pública de Biden. Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, o Washington Post traz hoje uma matéria dizendo que Obama anda dizendo reservadamente a seus aliados que a coisa está NOT GOOD.

Os parlamentares.

🧳 A galera começou a se manifestar publicamente pela saída de Biden.

🧳 O deputado do Texas Lloyd Doggett pediu que Biden renunciasse. O deputado da Carolina do Sul Jim Clyburn, cujo apoio foi fundamental para a nomeação de Biden em 2020, disse que apoiaria a vice-presidente Kamala Harris se ela fosse a indicada. O deputado de Ohio Tim Ryan pediu que Biden se afastasse e outros democratas fizeram comentários levantando questões sobre o que deveria vir a seguir.

🧳 A Reuters diz que uns 25 parlamentares democratas vão pedir a saída dele da disputa, se ele continuar instável. O povo da campanha diz que Biden vai dar entrevistas nos próximos dias para mostrar que está bem.

Os doadores.

🧳 O tal propagado pânico também chegou aos doadores, que resolveram fazer uma videocall ontem. E claro que alguém da imprensa acabou sabendo do rolê. O site Semafor relata que discussão principal foi se Kamala, a vice, seria pior do que Biden “em coma” ou “morto". Juro, foi assim que o site relatou.

Para os perdidos. O  Semafor, apesar do nome esquisito, é um negócio de jornalismo fundado por dois pesos pesados. O ex-CEO da Bloomberg, Justin Smith, e o ex-colunista do New York Times, Ben Smith. Não, darling, não sei se eles são parentes.

🧳 E o Biden que cinco dias depois do debate surgiu com uma nova desculpa sobre seu desempenho no debate?

"Decidi viajar pelo mundo algumas vezes... pouco antes do debate. Não dei ouvidos à minha equipe… e quase adormeci no palco. Não é uma desculpa, mas uma explicação”.

💭Tixa do céu, é sério que ele disse que quase dormiu no meio do debate?  É sério.

A imprensa

🧳 Depois que o Wall Street Journal foi execrado por ter em junho feito uma matéria, ouvindo umas 45 pessoas, e chegando à conclusão de que Biden vinha tendo lapsos durante reuniões, agora o New York Times também bota na manchete que ouviu dezenas de pessoas e que elas dizem que os lapsos do debate também acontecem com frequência em outras ocasiões.

And the Oscar goes to…

🧳 Chega de enrolação e vamos aos indicados da noite, digo, para substituir Biden, segundo a preferência do New York Times.

*Kamala Harris. Ela quase não apareceu como vice-presidente de Biden (sim, darling, ela foi e é a vice de Biden). Mas ainda é a democrata com maior probabilidade de substituir Biden na disputa. Tirando a Michelle, claro, ela é a que está melhor nas pesquisas entre seus concorrentes. Aliás, a última pesquisa feita sob encomenda da CNN mostra que ela está melhor que Biden. Ela empata tecnicamente com Trump, enquanto Biden tem 43% e Trump 49%.

* Gavin Newsom. Ele é governador da California e é um dos principais cabos eleitorais de Biden nesta campanha. E foi um dos primeiros a sair defendendo o presidente depois do debate desastroso. Ele tem um estado com problemas, mas uma campanha mais curta poderia beneficiá-lo.

*Gretchen Whitmer : A governadora de Michigan ganhou fama depois que Trump começou a antagonizar com ela dizendo “aquela mulher de Michigan". Seu maior feito foi ter liderado a campanha, em 2022, que resultou no que  eles chamam de tríade (exercer controle total da legislatura e do governo estadual) pela primeira vez em 40 anos.

*JB Pritzker : Pritzker tem duas coisas: ele é governador de Illinois, um grande estado do Centro-Oeste americano e é muito, muito rico. Ele é herdeiro dos hóteis Hyatt.

*Josh Shapiro. É governador da Pensilvânia e ex-procurador geral do estado. Tem uma aprovação de 64% no seu estado. E por que isso é importante? Porque se tem um estado que um candidato democrata precisa vencer para derrotar Trump é o estado da Pensilvânia.

💹 A pesquisa CNN (não confunda com a pesquisa da Reuters)
Donald Trump x Biden: 49% a 43%
Donald Trump x Kamala Harris: 47% a 45%
Donald Trump x Gavin Newsom: 48% a 43%
Donald Trump x Gretchen Whitmer: 47% a 42%.
Donald Trump x Pete Buttigieg: 47% a 43%  (*esse está na lista das outras possibilidades do Times)


De olhos nas pesquisas

Eu sei que parece pesquisa demais, mas aqui nesse cantinho a gente publica a média compilada de todas as pesquisas. Ou seja, entra todo mundo, inclusive essa da CNN que está logo ali em cima. Pela média do RealClearPolitics, a diferença entre Trump e Biden subiu de 2,2 pontos para 2,4 pontos. Já o compilado do New York Times, mostra apenas um ponto de diferença entre os dois.

Qual a diferença dos compilados? O New York Times costuma ser mais conservador nas pesquisas que leva em consideração para fazer a média.


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