Campanha eleitoral. Sim, vai ter, darling, e o Congresso está discutindo quanto de dinheiro vai destinar para que os políticos façam a tal campanha.
Esse dinheiro sai do orçamento do governo federal. Sim, darling, do meu, do seu, do nosso bolso. E é essa grana que forma o fundão eleitoral.
No modus operandi, é o governo federal que propõe um valor dentro do seu planejamento orçamentário. Mas na prática é o Congresso que bate o martelo. Os parlamentares discutem o valor, o presidente da República pode então sancionar esse valor, ou seja, dizer que beleza, tá tudo bem, é aquele valor, ou pode vetar, ou seja, aqui não, mané. Mas se o presidente vetar, o Congresso pode derrubar o tal veto. Por isso, é o Congresso que bate o martelo.
O governo já mandou para o Congresso a proposta do orçamento para 2024 e propôs menos de 1 bilhão de reais para o fundo eleitoral. Ou seja, um fundinho. Mas os parlamentares de todos os partidos agora estão discutindo um valor de 5 bilhões de reais, mais que o dobro do que foi usado na campanha de prefeitos e vereadores em 2020. E um valor ligeiramente maior do que o da campanha de 2022, que envolvia eleições para presidente, governador, deputados e senadores. Ou seja, um fundão.
Tixa, mas é preciso tanto dinheiro? Darling, quanto de dinheiro precisa só Deus sabe. A pergunta que fica é: se deu pra fazer tudo com 2 bi há quatro anos, por que precisaria mais que o dobro agora?
Mas o fato é que as campanhas precisam sim ser financiadas de alguma forma, darling. Até para que as pessoas possam ter a chance de escolher seus governantes e para que surjam novos líderes políticos.
Até alguns anos atrás, a gente tinha o financiamento privado de empresas, por exemplo. Mas daí veio a farra da Lava Jato, com propina para tudo quanto é lado, e uma mudança da lei passou a impedir esse tipo de financiamento. Hoje, além do fundão, as pessoas físicas podem fazer doações a políticos. Ou seja, empresários seguem podendo financiar campanhas dos políticos que lhe interessem.
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