Musk Siberiano, o Elon, e Mark Cubano, ops, Cuban, mergulham nas campanhas da eleição mais acirrada da história

Dois bilionários entraram para valer no campo de batalha da eleição americana. Do lado de Donald Trump: Elon Musk, o nosso Musk Siberiano, que todo mundo já conhece. Do lado de Kamala Harris: Mark Cuban, não, darling, não é um cubano, é um tubarão do Shark Thank (sim, sempre tem um programa de televisão ou uma rede social por trás de um bilionário aparecido).

O Musk prometeu e está cumprindo. Realizou seu primeiro evento solo para pedir votos para Trump. E no solo mesmo, no chão da vida real, nada de rede social. E aí ele deitou e rolou. Disse que a situação na fronteira em 2023 era como "um apocalipse zumbi". Disse que "não é seguro andar por aí" nas cidades dos EUA e que se a Kamala for eleita "estaremos totalmente em 'Mad Max'".

A Pensilvânia é, eu acho, o ponto central desta eleição, e esta eleição, eu acho, vai decidir o destino da América e, junto com o destino da América, o destino da civilização ocidental”, disse ele em uma prefeitura da Pensilvânia. Sim, em uma prefeitura. Repetindo: não foi no X-Twitter.

Já o Mark Cubano, ops, Cuban, subiu no palanque com a Kamala, em Wisconsin, para criticar as propostas de Trump para impor tarifas em produtos chineses. No fim das contas, quem vai pagar a tarifa são os próprios americanos e Cuban disse: “Esse é o mesmo sujeito que também pensou que o México pagaria pelo muro.”

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Mas quem é Mark Cuban na fila do pão?

Ele é um jurado estrela do Shark Tank nos Estados Unidos, tem 9 milhões de seguidores no X-Twitter, enriqueceu fundando e vendendo empresas pontocom no boom do começo dos anos 2000. Ficou conhecido mesmo quando comprou o Dallas Mavericks, time de basquete da NBA (mas ele vendeu o clube no ano passado).

E o Musk?

O Musk todo mundo já sabe quem ele é na fila do pão. Na fila da campanha do Trump, ele é o primeiro disparado. Doou US$ 75 milhões para a campanha, tuíta loucamente (até mesmo, e com frequência, desinformação) para ajudar Trump e ontem ainda prometeu pagar 100 doletas para cada eleitor da Pensilvânia que conseguir fazer com que outro eleitor da Pensilvânia assine uma listinha de apoio à liberdade de expressão e ao direito de ter armas. Eles querem usar esses dados para convencer a galera a se inscrever para votar e, claro, votar no Trump.

A caminho da fraude

A cada dia surgem mais e mais evidências de que se o Trump não ganhar a eleição, os MAGA vão dizer que foi fraude. Uma nova pesquisa Economist/YouGov mostra que os apoiadores de Trump têm pouca confiança de que o resultado da eleição será justo. Enquanto mais de 4 em cada 10 dizem que têm pouca ou nenhuma confiança, menos de um quarto diz que tem muita. (O resto diz que tem confiança "moderada".)

Ontem mesmo a gente contou aqui que o vice do Trump, o JD Vance (que vinha se esquivando da pergunta sobre se Trump tinha mesmo perdido a eleição em 2020), agora disse em um comício que não, que Trump não perdeu em 2020.

E nesta semana Trump ainda foi mais longe. Ele que sempre tentou se distanciar do grupo que atacou o Capitólio no 6 de janeiro agora fala em “nós”.

“Não havia armas lá; nós não tínhamos armas. Os outros tinham armas, mas nós não tínhamos armas.”

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Kamala reage com os Obamas

Na próxima semana, Kamala vai desfilar com os Obamas. Ela vai fazer comício com Barack em um dia e com Michelle em outro dia. Aliás, o Barack Obama está empenhado e tem cinco comícios marcados para a próxima semana.

E a paz?

A paz invadiu meu coração, mas não sei se vai invadir o do Bibi (o líder israelense). Ontem, Israel matou o líder do Hamas. O Joe Biden aproveitou para dizer que agora era hora de buscar o caminho de paz já que as negociações pararam há meses. Afinal, se matou o líder do Hamas, acabou, né? A Kamala também correu dizer que a justiça foi feita e que é hora de começar o dia seguinte sem o Hamas no poder.

Tudo o que Biden e Kamala (e todos os Democratas) querem é tirar esse assunto de guerra no Oriente Médio do caminho pelo menos até o dia da eleição. Faltam menos de 20 dias.

As piadinhas

Trump e Kamala participaram ontem de um tradicional jantar beneficiente católico. Geralmente, este jantar é marcado por ser o último encontro entre os candidatos a presidente dos Estados Unidos antes das eleições e eles fazem piadinhas.

A Kamala não apareceu e só mandou um vídeo. Mas as piadinhas apareceram. Ela fez piada com o mandamento de “não darás falso testemunho ao teu próximo” dizendo: “especialmente sobre os resultados das eleições do teu próximo”.

Já o Trump soltou essa: "Eu costumava pensar que os democratas eram loucos por dizer que os homens menstruam. Mas então eu conheci Tim Walz (o vice da Kamala, darling)."

E terminamos então nossa semana com esses dois piadistas infames.


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De olhos nas pesquisas

QUASE IGUAL. Aqui nesse cantinho a gente mostra um agregado de pesquisas que reflete qual a média para um candidato e outro. Pela média calculada pelo RealClearPolitics, Kamala está 1,5 ponto à frente do Trump, 0,1 a MENOS do que ontem. Na média do New York Times, com base no projeto FiveThirtyEight da ABC, Kamala está 2 pontos à frente de Trump. Igual ontem.

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